Miomatose Uterina

Mioma é um tumor benigno composto basicamente de músculo uterino que pode se desenvolver dentro ou fora do útero, ou mesmo entre as fibras da musculatura, podendo alterar o formato do órgão à medida que se desenvolve.

Ocorre com maior frequência entre os 40 e 50 anos, e incide de três a nove vezes mais em mulheres da raça negra.

A causa da Miomatose é desconhecida. O que sabemos é que o estimulo hormonal influencia o seu desenvolvimento, portanto, não existe descrição da doenças em meninas antes da primeira menstruação, e as mulheres na menopausa tendem a apresentar diminuição dos sintomas. Durante a gravidez, ao contrário, sua tendência é aumentar.

Mais da metade das mulheres com diagnostico de Miomatose uterina são assintomáticas. Os sintomas mais comuns são menstruação irregular, sangramento intenso e por períodos prolongados, cólicas, anemia e dores.

O diagnóstico de Miomatose uterina pode ser suspeitado através do exame físico, porém, a ultrassonografia é definitiva, acusando o tamanho e a localização de cada nódulo miomatoso.

Nem todas as mulheres com diagnóstico de Miomatose, sobretudo as assintomáticas, necessitam de tratamento. Geralmente o tratamento visa o controle dos sintomas, e podem ser através do uso de medicações não hormonais, para diminuir as dores e o fluxo menstrual, ou o uso continuo ou cíclico de hormônios, que podem ser administrados por via oral, transdérmica, intramuscular, subcutânea ou mesmo através de implantes subdérmicos ou DIU.

O tratamento cirúrgico do mioma uterino é considerado de acordo com características de cada caso, a idade da paciente e o desejo reprodutivo futuro. A conduta cirúrgica pode ser conservadora, quando apenas o mioma é retirado (Miomectomia) ou radical (Histerectomia). A cirurgia radical, envolve a retirada do corpo uterino doente, o que pode ser feita por via abdominal, vaginal ou mesmo laparoscópica.

Dra. Fernanda Rosa Delli Paoli

Graduada em medicina, formada em 2006, cursou o programa de Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia no Hospital Pérola Byington no período de 2007 a 2009. Fez Pós-graduação em Oncologia Pélvica pelo Hospital Pérola Byington, em 2010. Realizou especialização em Patologia do Trato Genital Inferior (PTGI) pela Faculdade de Medicina do ABC e pela Faculdade de medicina da USP. Completou sua especialização com Pós-graduação em Sexualidade Humana pela Faculdade de medicina da USP. Em 2012 obteve o Título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela FEBRASGO e, em 2013, conquistou Título em PTGI e Sexualidade pela mesma sociedade.

WhatsApp